SUZANA KILPP
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jul 11 2016

Hipertexturas

– Considera-se que a mídia participa decisivamente na configuração de hábitos de comunicação e de significação pela rede. Na busca de novas inteligibilidades sobre esses processos, duas questões orientavam a investigação: (i) Que procedimentos midiáticos foi possível observar na oferta de sentidos à comunicação em comunidade? (ii) Que espaços de significação eram homológicos (e diferentes) nessa enunciação de sentidos pela Internet? As respostas levariam não apenas aos sentidos ofertados, mas também aos procedimentos teórico-metodológicos presentes na enunciação.
– Partiu-se dos seguintes pressupostos: (i) a mídia é um sujeito enunciador e não apenas uma técnica; (ii) imaginários de mundo (da educação, da mídia, da publicidade, outros) encontram-se numa comunidade virtual qualquer e constituem os mundos daquela comunidade; (iii) esses são minimamente compartilhados com os imaginários de outros mundos; (iv) a mídia, ao significá-los, instaura mundos que são digitais.
– A realidade dos mundos digitais está na natureza técnica das imagens exibidas na tela do computador.

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By suzana • Referências •

jun 27 2016

O movimento teatral no Brasil em 1968

A conjuntura de 1968 é constituída de contextos contraditórios que têm origem mais imediatamente no pós-guerra, quando o mundo se reconstruía em polarizações do tipo capitalismo e socialismo, desenvolvidos e subdesenvolvidos, direita e esquerda. A industrialização da cultura, sob a liderança crescente da televisão, fez com que as distâncias geográficas parecessem ser menores, e as fronteiras geopolíticas mais facilmente transponíveis. As diferenças ganharam mais visibilidade, e junto com as dicotomias maniqueístas saltou à vista uma pluralidade eloqüente: não era mais suficiente ser simplesmente a favor ou contra alguma coisa, pois apareciam outras formas, não dicotômicas, de regular as relações e perceber o mundo. Em toda a parte, as minorias redefiniam-se, no conjunto, como maioria potencial, a dos jovens, por exemplo, e questionavam a normalidade da norma. A revolução, para eles, deixara de ser apenas a luta de classes, e não lhes satisfazia a existência e rivalidade de grandes partidos políticos. A Grande Recusa de 1968, assim, foi um contundente NÃO: aos partidos oficiais, ao comunismo burocratizado, ao consumo capitalista. E foi a proposição de novos valores para um admirável mundo novo.
O teatro, as artes e a cultura em geral, receberam uma injeção de vitalidade. Tudo parecia expandir-se em criação e expressividade. Alucinógenos e outras viagens, efetuadas on the road pelo planeta, ampliaram os limites da existência-experiência. Mas foram especialmente as liberdades individuais e o contato intercultural que alargaram os horizontes estéticos e comportamentais. Conforme se escrevia nos muros de Paris, em maio de 1968, lutava-se para que a imaginação tomasse o poder, e para que se inventasse uma forma de viver em paz, como cantou John Lennon.

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By suzana • Notas •

jun 13 2016

Linguagens e montagem audiovisual (II)

1.
(Canevacci)
. Comentar os dois modelos de comercial (indicados pelo autor), com exemplos, que têm a voz off no extremo: o excesso e a ausência. Relacionar com as vinhetas das emissoras de TV e os segmentos sociais a que se voltam.
. Introduzir e discutir os usos da voz off como parte de um conjunto de técnicas que estabelecem sentidos éticos ou êmicos (nas palavras do autor). A partir das categorias propostas pelo autor para classificar o cinema, relacionar o mesmo uso da voz off na televisão brasileira.

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mai 30 2016

O grotesco e sua representação

O grotesco é um elemento que está presente em todas as sociedades, em todas as épocas. Faz parte da cultura de todos os povos, que lidam com ele de diferentes modos, produzindo, portanto, representações e significados diversos acerca dele. As artes plásticas, especialmente a pintura, produziram historicamente alguns exemplos em que o artista tentou capturar o disforme, o exótico, o “não-belo”, dando visibilidade estética aos horrores humanos. Penso que Guernica, de Pablo Picasso, pode ilustrar bem a representação estética do grotesco que foi a Guerra Civil Espanhola.
Mais que as Artes Plásticas, também o cinema tem buscado representar o grotesco. Dos Estados Unidos lembremos os filmes sobre autistas, alcoólatras, mendigos, cegos, todos paradigmáticos, que a Academia adora indicar e eleger para o Oscar; sem falar nos filmes trash e cults… Da Europa lembro os filmes Comendo os ricos e Kasper Hauser, entre tantos. Do Brasil, resgato Mazzaropi, a chanchada, Zé do Caixão e, mais recentemente, Matou a família e foi ao cinema.
Para Muniz Sodré, O grotesco é um olhar acusador que penetra as estruturas até um ponto em que descobre a sua fealdade, a sua aspereza. É assim que ele aparece na arte, seja literária, pictórica, musical ou fílmica. É assim que ele é pensado e proposto na estética antropofágica de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, por exemplo, nos anos ‘20, ou na de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes nos anos ‘60.

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By suzana • Notas •

mai 16 2016

Linguagens e montagem audiovisual (I)

Sobre as linguagens parciais ou os elementos que participam da linguagem audiovisual.
– Montagem: externa, ou junção de partes diversas da película ou fita (seqüências); interna: ou sobreposição de sinais – sempre mais informatizados – acrescidos à vontade para cada unidade de imagem.
– Sonora: a música, que acompanha, por afinidade ou por contraste, o tema visual; o ruído, que acompanha os sons da vida quotidiana, percebidos pela sensibilidade moderna como um valor autônomo crescente, também estético.
– Verbal: a voz off, aquele comentário externo que o espectador tem a tendência de perceber como neutro, objetivo, enquanto na realidade é a extrema subjetividade com freqüência unida a uma notável dose autoritária; a voz in, isto é, a fala de um personagem, vivo ou animado, presente no campo.
– Corporal: resultado do conjunto dos gestos, expressões, fisionômicas – olhos, mãos, pernas – que “falam” a linguagem muda, mas eloqüentíssima do corpo.
– Cromática: o conjunto das cores escolhidas, e cada vez mais inventadas, na tabuleta eletrônica com a qual se podem “pintar” os vários planos da tomada.
– Gráfica: os diversos desenhos cada vez mais “animados” pela eletrônica ou pelo computador gráfico, com o qual podem inventar-se novas perspectivas, ângulos, extrapolações, profundidade de campo que excitam a atenção perceptiva do espectador.
– Visual: as escolhas dos diferentes enquadramentos, o espaço onde colocar a câmera, zum, planos, seqüências, etc.

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By suzana • Referências •

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Suzana Kilpp é professora e pesquisadora do PPG em Ciências da Comunicação e do Curso de Comunicação Digital, na UNISINOS. É especialista em Cultura Brasileira, mestre em História do Brasil e doutora em Ciências da Comunicação.

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