SUZANA KILPP
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set 19 2016

Audiovisualidades nas mídias (II)

Na perspectiva epistemológica que adotamos, algumas referências fundamentais para a pesquisa de audiovisualidades são os seguintes, ainda com as marcas da (in) precisão até aqui alcançada:
– As mídias audiovisuais são como corpos que percebem. E têm memória.
– A nossa percepção da matéria audiovisual se expande com a expansão de nosso repertório.
– Há na matéria audiovisual tensionamentos vitais, potentes, que a memória hábito não percebe, mas que nos afectam.
– O audiovisual age diferenciando-se, atualizando-se. Nessa diferenciação sempre resta uma reserva de acontecimento, que se encontra em sua virtualidade, seu modo de ser audiovisual.
– Audiovisualidades nas mídias são imagicidades. A partir de Eisenstein, seriam, por exemplo, os filmes dentro do filme (e fora dele), as tevês dentro da TV (e fora dela), os vídeos dentro do vídeo (e fora dele). Elas são devires audiovisuais minoritários ainda não realizados, reserva potente da duração audiovisual ansiando por acontecer.

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set 5 2016

Audiovisualidades nas mídias (I)

Primeira referência: As mídias são como corpos que percebem. E que têm memória.
Segunda referência: A nossa percepção da matéria audiovisual se expande com a expansão de nosso repertório. Essa percepção pode estar em função da ação imediata (e então o que é acionado é a memória hábito) ou do conhecimento/criação (é preciso superar a necessidade imediata de agir e expandir a memória, em direção à memória pura, que, no entanto, é puro devir). Portanto, a constituição e ampliação de repertórios são fundamentais para a percepção de audiovisualidades.
Terceira referência: Há na matéria tensionamentos entre ser e agir que a percepção hábito não percebe: eles situam-se nas nebulosas que são ambiência dos feixes brilhantes (os que interessam à ação); estão numa zona de grande opacidade. As montagens audiovisuais significantes que interessam à análise estão localizadas aí.

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ago 22 2016

Devires audiovisuais (II)

1.
(Machado)
O cinema, que já foi teatro de sombras, que já foi Caverna de Platão, que já foi lanterna mágica, praxinoscopia (Reynaud), fenaquistiscopia (Plateau), cronofotografia (Marey) e depois se tornou cinematografia (no sentido que lhe deu Lumière), deverá sofrer agora um novo corte em sua história para se tornar cinema eletrônico. Nesse sentido, ele vive um momento de ruptura com as formas e as práticas fossilizadas pelo abuso da repetição e busca soluções inovadoras para reafirmar sua modernidade.
2.
(Benjamin)
Toda forma de arte amadurecida está no ponto de intersecção de três linhas evolutivas: a) a técnica atua sobre uma forma existente (álbuns fotográficos, manuais e depois mecânicos, por manivela); b) em certos estágios de seu desenvolvimento as formas tradicionais tentam laboriosamente produzir efeitos difíceis que mais tarde serão obtidos facilmente pelas novas formas (espetáculos dadaístas); c) transformações sociais muitas vezes imperceptíveis acarretam mudanças na estrutura da recepção, que mais tarde serão utilizadas pelas novas formas (Panorama do Imperador: no mesmo salão, vários estereoscópios, cada um com uma seqüência de imagens diferente e com assentos dispostos à sua frente, reunia-se descontraidamente sempre um grande número de espectadores).

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ago 8 2016

Devires audiovisuais (I)

(A partir das noções de percepção e memória em Bergson; e de Eisenstein)
1.
Intuição é o movimento pelo qual saímos de nossa própria duração para afirmar e reconhecer a existência de outras durações acima ou abaixo de nós. (Deleuze, Bergsonismo, 1999)
Duração é um devir que dura, é mudança que é a própria substância da coisa. Não é somente experiência vivida, mas também ampliada, e mesmo ultrapassada. (Deleuze, Bergsonismo, 1999)
(…) estar no presente, e num presente que recomeça a todo instante, eis a lei fundamental da matéria: nisso consiste a necessidade. Se há ações livres ou pelo menos parcialmente indeterminadas, elas só podem pertencer a seres capazes de fixar, em intervalos regulares de tempo, o devir sobre o qual seu próprio devir se aplica, capazes de solidificá-lo em momentos distintos, de condensar deste modo sua matéria e, assimilando-a, digeri-la em movimentos de reação que passarão através das malhas da necessidade natural. (Bergson, 1999:247)

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jul 25 2016

Gramáticas

1.
(Imagicidade em Eisenstein)
– O cinema que existe dentro cinema permitiria pensar melhor as leis que governam a construção da forma numa obra de arte.

2.
(Regularidades discretas e gramaticalidades em Derrida – quase gramáticas, noutra obra; agramaticalidade, em outros autores)
– O espectro nos torna cegos por situação, pelas condições da percepção habituada, que modela nossa percepção mais geral. Assim, tendemos a perceber o mundo a partir dessa percepção hábito. (DERRIDA, 1998:151-152)
– Uno tiene la impresión de verse invadido de inmediato por una imagen global e inanalizable, indisociable. Pero también se sabe que no hay nada de eso. Es una apariencia: las imágenes se pueden recortar, fragmento de segundo por fragmento de segundo, y eso plantea muchos problemas, ¡en especial jurídicos! También hay, si no un alfabeto, al menos una serialidad discreta de la imagen o las imágenes. Hay que aprender a discernir, componer, pegar, a montar, justamente. (DERRIDA, 1998:79)

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Suzana Kilpp é professora e pesquisadora do PPG em Ciências da Comunicação e do Curso de Comunicação Digital, na UNISINOS. É especialista em Cultura Brasileira, mestre em História do Brasil e doutora em Ciências da Comunicação.

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