set 5 2016
Audiovisualidades nas mídias (I)
Primeira referência: As mídias são como corpos que percebem. E que têm memória.
Segunda referência: A nossa percepção da matéria audiovisual se expande com a expansão de nosso repertório. Essa percepção pode estar em função da ação imediata (e então o que é acionado é a memória hábito) ou do conhecimento/criação (é preciso superar a necessidade imediata de agir e expandir a memória, em direção à memória pura, que, no entanto, é puro devir). Portanto, a constituição e ampliação de repertórios são fundamentais para a percepção de audiovisualidades.
Terceira referência: Há na matéria tensionamentos entre ser e agir que a percepção hábito não percebe: eles situam-se nas nebulosas que são ambiência dos feixes brilhantes (os que interessam à ação); estão numa zona de grande opacidade. As montagens audiovisuais significantes que interessam à análise estão localizadas aí.
set 19 2016
Audiovisualidades nas mídias (II)
Na perspectiva epistemológica que adotamos, algumas referências fundamentais para a pesquisa de audiovisualidades são os seguintes, ainda com as marcas da (in) precisão até aqui alcançada:
– As mídias audiovisuais são como corpos que percebem. E têm memória.
– A nossa percepção da matéria audiovisual se expande com a expansão de nosso repertório.
– Há na matéria audiovisual tensionamentos vitais, potentes, que a memória hábito não percebe, mas que nos afectam.
– O audiovisual age diferenciando-se, atualizando-se. Nessa diferenciação sempre resta uma reserva de acontecimento, que se encontra em sua virtualidade, seu modo de ser audiovisual.
– Audiovisualidades nas mídias são imagicidades. A partir de Eisenstein, seriam, por exemplo, os filmes dentro do filme (e fora dele), as tevês dentro da TV (e fora dela), os vídeos dentro do vídeo (e fora dele). Elas são devires audiovisuais minoritários ainda não realizados, reserva potente da duração audiovisual ansiando por acontecer.
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By suzana • Referências •